A qualidade da alimentação das crianças está relacionada com os hábitos alimentares do pai na adolescência

Estudo chama a atenção para a influência dos pais no apoio a uma alimentação saudável entre as crianças

03.06.2025
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Embora, tradicionalmente, as mães sejam o centro das atenções no que diz respeito aos hábitos alimentares das crianças, um novo estudo realça a importância dos pais na formação da relação da criança com a comida. De acordo com o estudo, é mais provável que as crianças pequenas consumam a quantidade recomendada de frutas e legumes se o pai tiver adotado uma dieta mais saudável durante a adolescência.

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A qualidade da dieta foi avaliada utilizando o Índice de Alimentação Saudável (HEI), uma ferramenta comum para medir a adesão a padrões alimentares saudáveis. As pontuações do HEI variam de 0 a 100 e foram agrupadas da seguinte forma: A: 90 ≤ pontuação HEI ≤ 100; B: 80 ≤ pontuação HEI < 90; C: 70 ≤ pontuação HEI < 80; D: 60 ≤ pontuação HEI < 70; F: pontuação HEI < 60 Os gráficos mostram os três grupos identificados no estudo: 1) aqueles cuja qualidade da dieta foi baixa durante toda a adolescência, 2) aqueles cuja qualidade da dieta diminuiu durante a adolescência e 3) aqueles cuja qualidade da dieta melhorou durante a adolescência.

O estudo baseia-se em dados de 669 homens que responderam a questionários sobre os seus hábitos alimentares durante a adolescência e que, anos mais tarde, forneceram informações sobre as suas atitudes e comportamentos relativamente à alimentação dos seus filhos.

"O nosso estudo concluiu que os pais que comiam de forma mais saudável na adolescência tinham mais probabilidades de encorajar hábitos alimentares positivos nos seus filhos", afirmou Mariane H. De Oliveira, doutorada, investigadora de pós-doutoramento no Boston College. "Estes pais eram melhores a modelar uma alimentação saudável - demonstrando ativamente bons hábitos alimentares - e a monitorizar a ingestão de alimentos não saudáveis por parte dos filhos, como certos doces e snacks."

De Oliveira apresentará as descobertas na NUTRITION 2025, a principal reunião anual da Sociedade Americana de Nutrição, realizada de 31 de maio a 3 de junho em Orlando, Flórida.

Os participantes do estudo faziam parte de uma coorte chamada Fathers & Family, um subestudo do Growing Up Today Study, que envolveu filhos de enfermeiras nas décadas de 1990 e 2000. Todos os participantes tinham preenchido pelo menos dois questionários alimentares durante a adolescência e tinham filhos com idades compreendidas entre 1 e 6 anos em 2021-2022, altura em que concordaram em participar num estudo de acompanhamento específico para pais.

Durante a adolescência, cerca de 44% dos participantes foram classificados como tendo má qualidade da dieta, 40% tinham uma qualidade de dieta em declínio e 16% tinham uma qualidade de dieta melhorada. No estudo de acompanhamento, os investigadores recolheram dados sobre os factores sociodemográficos dos participantes, a dieta dos seus filhos, a sua própria dieta e a sua abordagem para monitorizar e gerir o acesso dos seus filhos a alimentos não saudáveis.

De acordo com os resultados, os homens cuja qualidade da dieta tinha melhorado durante a adolescência tinham 90% mais probabilidades de serem modelos de alimentação saudável quando se tornaram pais e 60% mais probabilidades de monitorizarem uma alimentação saudável nos seus filhos, em comparação com os pais que tinham uma dieta pobre na adolescência. Além disso, os filhos de pais cuja qualidade da dieta tinha melhorado durante a adolescência tinham uma probabilidade significativamente maior de cumprir as recomendações dietéticas para o consumo de frutas e legumes, em comparação com as crianças cujos pais tinham uma qualidade de dieta pobre ou em declínio na adolescência.

Os investigadores afirmam que os resultados sublinham a importância de encorajar uma alimentação saudável em todos os grupos demográficos, incluindo os jovens que um dia poderão vir a ser pais.

"Os hábitos alimentares saudáveis formados durante a adolescência não só beneficiam os indivíduos, como também moldam os futuros comportamentos parentais, contribuindo para uma melhor nutrição da próxima geração", afirmou De Oliveira. "Este facto é especialmente significativo tendo em conta as preocupações crescentes com a obesidade infantil e os maus hábitos alimentares. Investir na nutrição dos adolescentes, incluindo os rapazes, pode ter benefícios duradouros e intergeracionais."

Os investigadores observaram que a população do estudo era desproporcionalmente branca e com um bom nível de educação, com mais de 90% a identificarem-se como brancos e mais de 80% com pelo menos um diploma de bacharel, o que pode limitar a aplicabilidade dos resultados noutros grupos demográficos. Além disso, o estudo avaliou o papel da ingestão regular de refeições em família durante a adolescência e concluiu que não contribuía para padrões alimentares mais saudáveis numa fase posterior da vida. No entanto, o estudo não teve em conta o potencial papel dos comportamentos alimentares das mães.

De Oliveira apresentará esta investigação entre as 11:12 e as 11:24 EDT de sábado, 31 de maio, durante a sessão Breastfeeding, Nutrition, and Early Life Health no Orange County Convention Center (resumo; detalhes da apresentação).

Observação: Este artigo foi traduzido usando um sistema de computador sem intervenção humana. A LUMITOS oferece essas traduções automáticas para apresentar uma gama mais ampla de notícias atuais. Como este artigo foi traduzido com tradução automática, é possível que contenha erros de vocabulário, sintaxe ou gramática. O artigo original em Inglês pode ser encontrado aqui.

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