Nem todas as calorias são iguais: os alimentos ultra-processados prejudicam a saúde dos homens

"Os nossos resultados provam que os alimentos ultra-processados prejudicam a nossa saúde reprodutiva e metabólica, mesmo que não sejam consumidos em excesso"

03.09.2025
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Nos últimos 50 anos, as taxas de obesidade e de diabetes de tipo 2 dispararam, ao passo que a qualidade do esperma caiu a pique. A causa destas alterações poderá ser a crescente popularidade dos alimentos ultra-processados, que têm sido associados a uma série de problemas de saúde. No entanto, os cientistas ainda não têm a certeza se é a natureza industrial dos próprios ingredientes, o processamento dos alimentos, ou se é o facto de levarem as pessoas a comer mais do que deveriam.

Uma equipa internacional de cientistas descobriu agora que as pessoas ganham mais peso com uma dieta ultra-processada do que com uma dieta minimamente processada, mesmo quando ingerem o mesmo número de calorias. O estudo em humanos revelou também que uma dieta rica em alimentos ultra-processados introduz níveis mais elevados de poluentes que são conhecidos por afetar a qualidade do esperma. Os resultados foram publicados na revista Cell Metabolism.

"Os nossos resultados provam que os alimentos ultra-processados prejudicam a nossa saúde reprodutiva e metabólica, mesmo que não sejam consumidos em excesso. Isto indica que é a natureza processada destes alimentos que os torna prejudiciais", afirma Jessica Preston, autora principal do estudo, que realizou a investigação durante o seu doutoramento no NNF Center for Basic Metabolic Research (CBMR) da Universidade de Copenhaga.

As mesmas calorias, resultados diferentes

Para obter os melhores dados possíveis, os cientistas compararam o impacto na saúde de dietas não processadas e ultraprocessadas na mesma pessoa. Recrutaram 43 homens com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos, que passaram três semanas em cada uma das duas dietas, com três meses de "washout" pelo meio. Metade começou com a dieta ultra-processada e metade começou com a dieta não processada. Metade dos homens recebeu também uma dieta hipercalórica com mais 500 calorias diárias, enquanto outra metade recebeu a quantidade normal de calorias para o seu tamanho, idade e níveis de atividade física. Não lhes foi dito qual a dieta que estavam a seguir. Tanto a dieta não processada como a ultraprocessada tinham a mesma quantidade de calorias, proteínas, hidratos de carbono e gorduras.

Os homens ganharam cerca de 1 kg a mais de massa gorda durante a dieta ultra-processada em comparação com a dieta não processada, independentemente de estarem a seguir uma dieta normal ou de excesso de calorias. Vários outros marcadores da saúde cardiovascular foram igualmente afectados.

Alimentos ultra-processados poluídos com desreguladores endócrinos

Os cientistas descobriram igualmente um aumento preocupante do nível de ftalato cxMINP, uma substância utilizada nos plásticos, nos homens que seguem a dieta ultra-processada. Os homens que seguiram esta dieta registaram também uma diminuição dos níveis de testosterona e da hormona folículo-estimulante, que são cruciais para a produção de esperma.

"Ficámos chocados com o número de funções corporais perturbadas pelos alimentos ultra-processados, mesmo em homens jovens saudáveis. As implicações a longo prazo são alarmantes e sublinham a necessidade de rever as orientações nutricionais para uma melhor proteção contra as doenças crónicas", afirma o autor principal do estudo, o Professor Romain Barrès, do NNF Center for Basic Metabolic Research da Universidade de Copenhaga e da Université Côte d'Azur.

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